quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Bibliografia: yahoo
A Grécia Antiga compreendia, na antiguidade, um território muito superior ao da Grécia Actual, incluindo também partes da Turquia (toda a margem do mar Egeu), do Egipto, de Marrocos, da Itália, da França, da Espanha e, até, de Portugal, estendendo-se ao longo de todo o Mediterrâneo e até para lá das Colunas de Héracles (Estreito de Gibraltar). Para além disso, no Período Helenista, Alexandre expandiu a helenização até à Índia.

Apesar disso, os Gregos sempre se comportaram como pequenos reinos independentes, governados por cidades estado política e economicamente independentes. Tirando o tempo de Alexandre, nunca ouve um rei, ou sequer um governo, comum a todas as cidades gregas. A única coisa em comum entre todos os gregos era a cultura, na qual se conta a língua, a religião e a arte.

Esta grande expansão do território grego deveu-se a uma colonização levada a cabo devido às limitações do terreno grego propriamente dito: a Grécia tem poucas terras férteis, poucos rios, muitas montanhas. Para além dessa porção continental, a Grécia é composta por uma série de ilhas. O mar é pois o principal meio de subsistência, transporte, comunicação e comércio.

Por tudo isto, os gregos voltaram desde sempre a sua atenção para o mar, ultrapassando todas as outras potências da época com a sua frota naval e o domínio absoluto do mar mediterrâneo.

Para compreender as origens da Grécia e parte da sua mitologia e religião, há que recuar até às duas civilizações pré-helénicas que habitaram a região antes dos gregos propriamente ditos: a Civilização Minóica e a Civilização Micénica.

O centro da Civilização Minóica era Creta. Aí se encontrava um fabuloso palácio, exemplo dos palácios comuns nesta civilização: com muitas salas e corredores, como um verdadeiro labirinto (destes palácios surgiu o mito do Minotauro). Por isso a Civilização Minóica é também apelidade de Civilização dos Palácios. Creta crescia em poder e chegou a dominar toda a Grécia, exigindo tributos absurdos, até que um povo vindo de Micenas conquistou a ilha e se iniciou a Civilização Micénica.

A Civilização Micénica caracterizava-se não só pelos palácios como pelas muralhas que os rodeavam e que se chamavam de Muralhas Ciclópicas. Tal como os gregos propriamnte ditos, e ao contrário dos minóicos, os micénicos não tinham uma unidade política e governamental, mas em cada cidade havia uma profunda hierarquização. A sua economia de redistribuição propulsionou a sua escrita. Eventualmente esta civilização começou a declinar por razões ainda obscuras.

Então a Grécia pedeu a escrita e entrou num período do qual pouco sabemos e que, por isso mesmo chamamos de Era das Trevas. Foi durante este tempo que se deram as grandes transformações que fizeram, finalmente, a Grécia Antiga erguer-se da penumbra: neste tempo existiu Homero, bem como os eventos que se tornariam mitos, como a Guerra de Tróia, e havia também um contacto com o Próximo Oriente, importante para o desenvolvimento cultural da Hélade, entrou-se na Idade do Ferro e construiram-se os valores da sociedade grega, havendo até os primeiros Jogos Olímpicos.

Eventualmente a escrita regressou e instituiram-se as primeiras cidades estado. Entrou-se então no Período Arcaico, durante o qual se deram invasões persas e uma centralização na polis e na cidade. Fora da Grécia deram-se eventos que também a viriam influenciar, nomeadamente a fundação de Roma.

Este período é bastante característico, principalmente na arte, e ao emergir as bases da sociedade e religião grega já estavam todas formadas. As polis já eram independentes e, ao mesmo tempo, se inter-relacionavam num complexo sistema. Foi ainda neste período que surgiu a pintura da cerâmica e também as bases da democracia, embora esta só tenha sido inventada com a entrada no período clássico.

A grande maioria da colonização aconteceu neste período e a rivalidade entre Esparta e Atenas nasceu. A primeira floresceu como um grande centro militar e a segunda desenvolveu-se como o centro cultural da Grécia.

Assim, com a invenção da democracia ateniense entramos no Período Clássico, que possuiu tudo aquilo em que pensamos quando pensamos na Grécia antiga: estátuas, templos, mitos, obras, ciências...

O verdadeiro evento que marca a entrada neste período são as invasões Persas, e ele termina ou com a morte ou com o nascimento de Alexandre. As rivalidades aumentaram, mas a cultura desenvolveu-se como nunca, resultado principalmente derivado desta rivalidade. Houve uma série de guerras internas, até que Filipe II da Macedónia conquistou toda a Grécia unificando-a.

Mas com a morte de Filipe o seu filho Alexandre sobe ao trono e começa o Período Helenístico caracterizado por uma espécie de globalização em que a cultura helénica é espalhada um pouco por todo o mundo graças às conquistas de Alexandre. Este período atinge um apogeu permanente, durando até à conquista da Grécia por Roma, mas na verdade os fundamentos do período - a cultura e religião helénica - prosseguem por muitos mais anos, reflectindo-se ainda nos dias de hoje.
Blibiografia: Wikipédia
Mulheres de Atenas
As mulheres tinham menos liberdade em Atenas do que em Esparta. Casavam-se muito jovens, entre 15 e 18 anos, conforma a escolha dos pais. Após o casamento, tinham de prestar obediência ao marido. As mais ricas viviam reclusas em uma área da casa denominada gineceu. As mais pobres eram obrigadas a trabalhar. O marido tinha o direito de devolver a esposa aos pais dela em caso de esterilidade ou adultério.

Diferentemente de Esparta, em Atenas não havia escolas públicas, embora a educação fosse obrigatória. Quando a criança chegava aos 7 anos, cabia ao pai enviar o filho a um mestre particular.

A vida escolar se compunha em geral, de um primeiro momento chamado música, que compreendia o aprendizado da cultura literária e da música propriamente dita. Depois dos 18 anos, os que podiam continuar estudando freqüentavam as lições de retórica e de filosofia.
Bibliografia:Wikipédia
A cidadania entre os gregos
A cidadania era muito mais imediata e tangível para um ateniense do que para o cidadão de uma nação moderna. Nenhuma desgraça podia ser maior do que a perda dos direitos de cidadão. O ateniense vivia numa cidade cujo corpo de cidadãos nunca passou de 50 mil (aproximadamente a oitava parte da população total, por volta do ano 400 a.C.).

Todo ano havia para o cidadão ateniense a expectativa de servir no exército ou na frota. Todo ano poderia reunir-se com outros milhares na Eclésia ou ser colocado na lista anual de 6 mil pessoas entre as quais, segundo as necessidades, eram sorteados os jurados para os tribunais populares. No mundo grego antigo, porém, isso significava que Atenas tinha uma população de cidadãos bem maior do que a de qualquer outro das centenas de Estados gregos espalhados desde a Espanha até o sul da Rússia de hoje.

Além disso, Atenas era uma cidade extraordinariamente cosmopolitana. Um ateniense podia observar milhares de imigrantes temporários ou permanentes de outras cidades gregas ou terras não gregas trabalhando à sua volta, muitas vezes fazendo o mesmo trabalho que ele sem, contudo, compartilhar de nenhum de seus direitos de cidadão. A característica mais marcante da cidadania do ateniense é que, quando viajava para além dos limites de sua própria polis, era imediatamente privado de seus direitos políticos.

As póleis gregas mantiveram seu sentido de comunidade política através de leis de cidadania escritas e geralmente exclusivas. Atenas tinha leis de cidadania que eram escritas até pelos padrões gregos. Após a lei de cidadania promulgada por Péricles em 451, só os homens que tivessem a mãe e o pai atenienses podiam ser cidadãos.
Bibliografia: Wikipédia
Atenas, berço da democracia
Atenas foi fundada na Ática, península do mar Egeu, pelo jônios, que ali se estabeleceram de forma pacífica, ao lado de eólios e aqueus, antigos habitantes da região. No início, o poder político estava sob o controle dos eupátridas, donos das terras mais produtivas.

Na cidade, um soberano, chamado basileus, comandava a guerra, a justiça e a religião. Uma espécie de conselho, o Areópago, limitava seu poder. Com o tempo, os basileus perderam a supremacia e se transformaram em simples membros de um órgão denominado Arcontado.

A partir do século VIII a.C., essa organização política sofreu profundas mudanças. Após a expansão territorial, ocorrida durante Segunda Diáspora, os portos naturais e a privilegiada posição geográfica de Atenas favoreceram o intercâmbio comercial com as novas colônias.

Como conseqüência imediata da diversificação das atividades econômicas, houve uma considerável mudança no quadro social. Assim, comerciantes e artesãos enriquecidos passaram a pressionar a aristocracia por maior participação no poder. Ao mesmo tempo, a população mais pobre protestava cada vez mais contra as desigualdades sociais.

Diante da enorme pressão, os eupátridas viram-se obrigados a fazer concessões. Com o objetivo de conciliar os conflitos, passaram a escolher legisladores entre os integrantes da aristocracia, homens especialmente indicados para elaborar leis. Dois desses legisladores foram Drácon e Sólon.